Imóveis compactos: studios representam 27% dos lançamentos imobiliários de Salvador – SBR Empreendimentos

Imóveis compactos: studios representam 27% dos lançamentos imobiliários de Salvador

Apartamentos têm m² de até R$ 12 mil estão nos bairros mais caros da capital.

Nada de apartamento de dois ou três quartos. Quando se fala no mercado imobiliário em Salvador, quem puxa a fila na liderança são os Studios, moradias compactas de espaço integrado que variam entre 15 e 40m². Em 2022, foram construídos cinco mil empreendimentos do tipo, que representam 27% dos lançamentos de moradias na capital.

Para se ter uma ideia do domínio dos Studios, o segundo tipo de moradia mais lançada são os apartamentos de alto luxo – acima de R$ 1,5 milhão -, que ficaram bem atrás com 12% do total. Os dados são da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA). Presidente da associação, Cláudio Cunha destaca que a liderança deve permanecer.

“No ano passado, tivemos um crescimento de 40% nos imóveis compactos e eles devem permanecer em ascensão este ano. Isso se deve ao perfil da nossa cidade, que traz elementos que atraem o investidor que compra imóveis como forma de renda e reflete o público que quer morar de forma inteligente, em uma boa localização e sem excessos”, avalia Cunha.

Quem atesta isso é a corretora Jamile Alcântara, que trabalha com Studios e aponta o sucesso desse tipo de empreedimento nas vendas. “Isso começa em 2018, com lançamento de um compacto em Itapuã. Em sequência, foram sendo lançados outros. No começo de 2020, um lançamento de 184 unidades, no Costa Azul, foi vendido em menos de três meses”, diz.

A partir daí, no início da pandemia, as construtoras começaram a investir nos Studios, fazendo chegar ao cinco mil lançamentos do último ano. Jamile aponta que, na época, o valor médio do m² era de R$ 7 mil. Hoje, com o sucesso do modelo, a Ademi informa que a média oscila entre R$ 10 e R$ 12 mil, a depender da localização. Mesmo com a alta, não falta comprador.

Prova disso é Fernanda Leite, 29 anos, engenheira civil, que tem uma unidade no Art Studio, que fica no bairro Jardim Armação, bem próximo ao Centro de Convenções de Salvador. Ela ainda mora com a prima em outro apartamento próprio, mas viu a moradia como uma oportunidade. “É um empreendimento que tende a crescer. Um imóvel compacto onde custo de manutenção é baixo”, explica ela.

Já a jornalista Caroline Araújo, 36, que tem um Studio no 2 de Julho, comprou o local por conta da maior viabilidade financeira. “Decidi morar mais perto do trabalho, no Centro, e percebi que existem dois perfis muito distintos: aqueles aptos antigos enormes e os Studios. O valor foi determinante. Uma moradia na região com as dimensões ‘normais’ estaria totalmente fora do meu orçamento”, conta ela.

Marcelo Ferreira é diretor de incorporação da Vestra Empreendimentos, que atua com Studios em Salvador. Ele afirma que esse tipo de moradia atrai um maior volume de clientes de diferentes tipos. O Barra Signature, um dos lançamentos mais recentes da empresa, é usado para exemplificar o sucesso que os compactos imobiliários andam fazendo por aqui

“É um negócio que tem um leque de clientes maior que o típico morador e tem a curva de vendas de unidades mais curta, se bem localizado. Lançamos o empreendimento e com menos de 1 mês temos 85% de venda. Um sucesso em curto tempo”, avalia o diretor de incorporação. De acordo com ele, a empresa já trabalha na produção de mais dois projetos do tipo.

Perfil de quem compra

Há uma diversidade no tipo de compradores dos Studios. Jamile Alcântara, no entanto, aponta para três principais. O primeiro é o investidor, caso Fernanda. Ela não escolheu um Studio no Jardim Armação à toa e sim pela facilidade de executar a principal função que pensa para o apto: o aluguel para estadias.

“Imóveis assim vêm sendo bastante procurados para estadias curtas. Comprei próximo ao Centro de Convenções, já pensando na procura de locações rápidas, locações para pessoas que chegam em Salvador a trabalho ou eventos”, fala.

Jamile explica que investidores como Fernanda são a maioria entre os interessados nos Studios. “Geralmente, são mais pessoas interessadas em fazer locação mesmo. Investem não para aluguel fixo, mas aquele de temporada em que conseguem aumentar o lucro mensal. Esses imóveis, por ter similaridade com quarto de hotel, se encaixam muito bem em plataformas desse serviço”, explica.

O segundo perfil de comprador é de pessoas que estão na primeira moradia e não têm condição de comprar um apartamento mais caro, mas querem aproveitar de regiões privilegiadas. Os Studios, de forma geral, ficam em zonas mais valorizadas. No caso de Salvador, os mais disputados estão na Barra.

O terceiro tipo de comprador mais comum apontado por Jamile é aquele que compra para ter na casa um abrigo para outra pessoa. “Geralmente, são clientes do interior que compram o lugar para o filho, que vem estudar ou trabalhar aqui, morar. Eles compram porque é um empreendimento que faz sentido para quem não necessita de muito espaço e precisa morar em locais que facilitem a adaptação”, explica ela.

Dentro de um contexto de diversidade entre os possíveis interessados, de acordo com a Ademi-BA, essa modalidade imobiliária vem sendo a mais procurada para investimento, com ticket médio de R$ 355 mil por unidade.

Fonte: CORREIO (24 horas)

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