Investimento imobiliário segue sendo boa opção em 2021 - SBR Empreendimentos

Investimento imobiliário segue sendo boa opção em 2021

VIA CASA VOGUE
POR MARCOS ZEITOUNE

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O Brasil inicia 2021 como terminou 2020: real desvalorizado, baixa taxa de juros, incertezas econômicas e aquecimento do mercado de imóveis (a despeito da pandemia que segue influenciando tudo isso, o país possui um notório déficit imobiliário). Este cenário tem levado investidores (inclusive estrangeiros) a olhar com bons olhos um antigo hábito nacional: aplicar dinheiro em imóveis. Seja pelo perfil conservador, de baixo risco, pela segurança financeira, renda extra ou valorização ao longo dos anos, o fato é que o segundo semestre do ano passado revelou um crescimento consistente no número de imóveis comercializados, tanto no mercado primário (imóveis novos) quanto no secundário (usados). O chamado setor de alto padrão vem colhendo os melhores frutos deste momento.

Para Cyro Naufel, diretor de atendimento da consultoria imobiliária Lopes, “o imóvel de luxo tem um potencial de valorização bastante interessante. O momento é propício por conta das novas regras de financiamento. Estamos nas menores taxas de financiamento dos últimos anos, que estão sendo largamente ofertadas pelos bancos. E, mesmo na modalidade alto padrão, às vezes compensa financiar uma parte do imóvel para aproveitar as taxas baixas e não precisar dispor de um outro capital que já está aplicado”.

Graduado em Engenheira Civil pela Escola Politécnica da USP, com pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Naufel atua no mercado imobiliário desde 1990. Ele lembra que o imóvel de alto padrão sempre terá um posicionamento diferenciado no mercado, pois a oferta é menor do que a procura. “Na cidade de São Paulo, para se ter uma ideia, os empreendimentos acima de 200 m² representam menos de 2% do total de lançamentos.”

Mas que outras características um imóvel precisa ter para ser considerado de alto padrão? “Estamos falando de propriedades que custam entre R$ 20 mil e R$ 40 mil o metro quadrado”, afirma a corretora associada Jandira, também da Lopes. “O cliente desse tipo de imóvel dá muito valor para itens como localização, segurança, exclusividade, assinatura do projeto arquitetônico, tecnologia e acabamentos de qualidade superior.”

A localização não é exatamente uma surpresa. Entre os bairros mais disputados em São Paulo estão Itaim Bibi, Vila Nova Conceição, Jardins, Jardim Europa e Cidade Jardim. Mas há mudanças de comportamento também. Apesar de a pandemia ter feito com que os espaços maiores voltassem a ser mais procurados, Jandira explica que “apenas o tamanho não define mais o alto padrão. Há diversas opções de compactos de luxo no mercado. Mas, sem dúvida, quanto maior a metragem, maior a exigência por poucas unidades”. Para ela, “hall privativo, planta inteligente, automação, tratamento acústico, sustentabilidade, gerador independente e pé-direito elevado continuam sendo diferenciais que agregam valor à propriedade.”

A atual conjuntura do mercado financeiro tem favorecido o setor imobiliário. “Com a taxa Selic fixada em 2% e uma inflação por volta de 4% ao ano, os investimentos de renda fixa estão dando um retorno negativo para quem investe”, explica Cyro Naufel. “Se você imaginar que um aluguel residencial rende hoje cerca de 0,5% do valor do imóvel, estamos falando em uma rentabilidade por volta de 6% ao ano. Ou seja, aplicar em imóveis voltou a ser uma alternativa excelente para compor o portfólio de investimentos.”

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